terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Transitividade verbal

Transitividade verbal é a necessidade de complemento apresentada por alguns verbos. A esses verbos que exigem complemento damos o nome de transitivos e aos que não exigem complemento damos o nome de intransitivos.


* OBS.: A palavra transitivo vem do latim transitare, que significa "movimentar, andar". Então, em orações como "Escrevi o bilhete", "Enviei o bilhete", as ações de escrever e enviar se "movimentassem" e recaíssem sobre a carta.

Quanto à predicação, o verbo pode ser classificado em:

Transitivo direto- que vem acompanhado por um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto direto preposicionado).

Ex.: A aluna      comprou        o material que havíamos solicitado.
                         V.T.D.            Objeto direto

O exemplo acima traz um verbo transitivo direto, porque o verbo comprar exige complemento para ter sentido completo. Pois quando se compra, compra-se obrigatoriamente algo. Além disso, não há preposição ligando o verbo comprar ao seu objeto.

Transitivo indireto- vem acompanhado por um objeto com preposição obrigatória (objeto indireto).

Ex.: 

- Maria       gosta           de         João. (Objeto indireto)
                   V.T.I.         Preposição  

O verbo gostar exige a preposição de, por isso ele é transitivo indireto e tem como complemento um objeto indireto.

Outro exemplo:

- Os filhos      devem obedecer             aos pais.
                                 V.T.I.                            Objeto indireto (preposição obrigatória)

O verbo obedecer exige a preposição apor isso ele é transitivo indireto e tem como complemento um objeto indireto.



Verbo Intransitivo- não necessitam de complemento, ou seja, não solicitam objetos. Mas, dependendo do contexto, alguns verbos intransitivos precisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais, apenas para darem um sentido completo para a frase.

Ex.: O homem         morreu.

O verbo morrer tem sentido completo. Mas algumas vezes o verbo intransitivo pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc, que são os adjuntos adverbiais.

Ex.: O homem       morreu           dormindo.
                                                   Adjunto adverbial de modo

Dormindo foi a maneira, o modo que ele morreu. Por isso dormindo é adjunto adverbial de modo.

Outro exemplo: 

- Moro      em Aracaju.

O verbo morar é intransitivo, porém precisa do complemento "em Aracaju", para inteirar seu sentido. Sendo assim, "em Aracaju" é adjunto adverbial de lugar.





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos; um verbo significativo (núcleo verbal) e um predicativo do sujeito ou do objeto.
Observe a seguinte oração:

- Ele deixa a secretária eletrônica rouca. 
  (Suj.)  (Núcleo)    Predicado verbo-nominal      (Núcleo)

O predicado tem dois núcleos: um verbo significativo (deixa) e um nome (rouca, o predicativo do objeto). Nesse caso, o verbo dá informações sobre o sujeito, sobre a ação realizada por ele; e o nome atribui uma característica ao objeto direto, secretária eletrônica. Visto que o predicado apresenta dois núcleos, temos o predicado verbo-nominal.

Veja outro exemplo: 
                         (Núcleo)      (Núcleo)
- O maratonista chegou vitorioso na reta final.
     (Sujeito)                  Predicado verbo-nominal


* Para facilitar a identificação de um predicado verbo-nominal, podemos desmembrá-lo em dois predicados: um verbal e um nominal. Sendo assim, o predicado da oração "A garota caminhava apressada" pode ser desmembrado em:
                                                          
                     VI                                                  VL       PS                                    
- A garota caminhava.                       - A garota estava apressada
                 Pred. verbal                                                            Pred. nominal

*  Resumindo, as estruturas básicas dos predicados são:

I. Predicado verbal:                    II. Predicado nominal:                   III. Predicado verbo-nominal:

VI                                                   VL + PS                                           VI + PS                       
VT + OD/OI                                                                                            VT + OD/OI + PS/PO







segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Predicado Nominal

O predicado nominal é constituído por um verbo de ligação (que não indica ação) e o predicativo.
Exemplos:
             Predicado nominal
  Maria      está doente.
Sujeito   Verbo de
               Ligação

             Predicado nominal
O calor permanece intenso.
Sujeito  Verbo de
              Ligação

O núcleo do predicado nominal é o predicativo do sujeito e não o verbo de ligação, por ele não ser significativo.
Exemplo:
             Predicado nominal
  José       é excelente    profissional.
Sujeito     VL           Predicativo do Sujeito
                                 Núcleo do predicado

Predicado Verbal

Quando informa processo (ação, acontecimento, etc.), o predicado é verbal.

O predicado verbal é constituído por verbo significativo (intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto) e seu complemento, quando existir.

Exemplos:
                   Verbo Intransitivo
As árvores       florescem na primavera.
  Sujeito              Predicado Verbal

                    Predicado Verbal
As crianças comeram os doces.
   Sujeito        VTD

O núcleo do predicado verbal é o verbo significativo.

Exemplo:
                                Predicado Verbal
As maritacas destroem os fios elétricos das casas.
   Sujeito         VTD
                      Núcleo do predicado

domingo, 3 de novembro de 2013

Diferença entre Adjunto Adnominal e Predicativo do Sujeito

ADJUNTO ADNOMINAL X PREDICATIVO DO SUJEITO

Adjunto Adnominal - É um termo acessório da oração, tem valor de adjetivo, servindo para especificar ou delimitar o significado de um substantivo em qualquer que seja a função sintática exercida por este.
Ex.: O garoto sorridente está atrasado.
                   Adj. adnominal
O adjunto adnominal pode ser representado por artigo, adjetivo (ou locução adjetiva), pronomes adjetivos ou nemerais.

Predicativo - É a palavra que caracteriza, especifica, define ou indefine o sujeito ou o objeto da oração.
Ex.: O garoto é esperto.
                        Predicativo

A diferença entre adjunto adnominal e predicativo do sujeito é muito pouca. É necessário saber que em ambos os casos quem faz o papel de "peça" principal é justamente o adjetivo, ou seja, ora ele pode exercer a função de adjunto, ora de predicativo.

O adjunto adnominal e o predicativo estão relacionados à morfossintaxe, cuja principal característica se define pelo fato de um mesmo termo, levando em conta sua classificação morfológica, desempenhar distintas funções, quando analisado sintaticamente.

O predicativo é representado por adjetivo (ou locução adjetiva), numeral e pronomes.

  • Adjetivo na função predicativa:
A menina é educada.
                   Pred. suj.
Notamos que educada, além de conferir uma característica ao substantivo menina, apresenta-se como um termo essencial à oração, haja vista que sem ele o discurso se tornaria vago, sem sentido. Dessa forma, mediante tais pressupostos, dizemos se tratar de um predicativo.

  • Adjetivo na função de adjunto adnominal:
A menina sorridente está atrasada.
            Adj. adnominal
Constatamos que o termo sorridente apenas confere uma informação a mais acerca do sujeito a menina, pois o discurso se tornaria compreensível se apenas disséssemos que a menina está atrasada. Assim sendo, afirmamos que ele se classifica como adjunto adnominal - representando, em algumas situações, apenas parte do sujeito, ou melhor, um acessório dele.

Obs.: Adjunto adnominal é um termo "acessório", podendo ser excluído da oração sem acarretar prejuízo para o sentido. Já o predicativo do sujeito é termo essencial à oração, não podendo ser excluído sem acarretar prejuízo a ela.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Crase

Definição
A crase é a fusão entre duas vogais idênticas, a preposição "a" com o artigo "a" e é representada pelo acento grave acima da crase "à(s)".

Considerem estes exemplos:
Obedeço às leis de Deus. [Obedeço a as leis de Deus.]
Dedico-me às artes. [Dedico-me a as artes.]

Outros exemplos:
            preposição  artigo
Fomos      a                a      praia. = Fomos à praia.

                   preposição  artigo
Compareci        a              as    reuniões. = Compareci às reuniões.

  • Se não houver a presença da preposição ou do artigo, não haverá crase e, consequentemente, não se acentuará o "a" ou "as".
Regra geral - O acento indicador de crase só tem cabimento diante de palavras femininas determinadas pelo artigo definido "a" ou "as" subordinadas a termos que exigem a preposição "a".

Casos em que não ocorre a crase (a + a = à).
1. Antes de palavras masculinas.
Ex.: O esporte preferido de José é andar a cavalo.

Obs.: Antes de palavra masculina a crase só aparece quando a locução prepositiva à moda de estiver subentendida.
Ex.: O professor tentou elaborar um texto à Graciliano Ramos.

2. Antes de verbo.
Ex.: Todos precisam estar dispostos a colaborar com o meio ambiente.

3. Diante de artigos indefinidos e de pronomes pessoais (inclusive de tratamento, com exceção de senhora e senhorita) e interrogativos.
Exemplos:
  • Chegamos à cidade a uma hora morta.
  • Recorreram a mim (a nós, a ela, a dona Rosa, etc.).
  • Solicito a Vossa Senhoria...
  • Falaste a que pessoa?
  • A quem falaste?
4. Antes de palavras no plural que não estejam definidas pelo artigo.
Ex.: Os moradores do meu condomínio não têm hábito de ir a reuniões.

5. Antes das palavras "casa" e "terra (em oposição a mar)".
Exemplos:
  • Após o acontecido, a filha retornaria a casa somente com a permissão do pai.
  • Depois de um mês em alto-mar, os tripulantes voltaram a terra.
Obs.: As palavras "casa" e "terra", acompanhadas de elementos modificadores, admitem crase.
Exemplos:
  • Após o acontecido, a filha retornaria à casa do pai com permissão deste.
  • Depois de um mês em alto-mar, os tripulantes voltaram à terra de origem.
6. Nas locuções adverbiais formadas com elementos repetidos.
Ex.: Dia a dia a empresa foi crescendo.

7. Na expressão a distância, sem elemento modificador.
Ex.: Os pais observam os filhos a distância.

Com elemento modificador, no entanto, ocorre a crase.
Ex.: Os pais observam os filhos à distância de uns cem metros.

Casos em que ocorre a crase (a + a = à)
1. Antes de palavras femininas que admite artigo.
Exemplos:
  • Quase todo mundo gosta de ir à praia.
  • Devemos obedecer às leis.
Obs.: No caso de nome de lugares, uma maneira prática de identificação (se admite ou não artigo) é construindo a frase com o verbo voltar.
Voltei de Campinas.
(preposição não admite artigo)
Fui a Campinas.
(só preposição, não há crase)

Voltei da Bahia.
       de + a
Fui à Bahia.
preposição + artigo (há crase)

2. Com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo.
Exemplos:
  • Vou àquele cinema. [a aquele]
  • Não irás àquela festa. [a aquela]
  • Não dei importância àquilo. [a aquilo]
3. Com os pronomes demonstrativos a, as (= aquela, aquelas).
Exemplos:
  • Essa anedota é semelhante à que minha professora contou.
  • Falarei às que quiserem me ouvir.
4. Antes de pronomes relativos a qual, as quais.
Exemplos:
  • A moça à qual me referi está chegando.
  • As moças às quais me referi estão chegando.
5. Na indicação de horas.
Exemplos:
  • Chegamos à uma hora.
  • Saímos às dez horas.
6. Nas locuções adverbiais femininas.
Exemplos:
  • Saímos à noite.
  • Sentiu-se à vontade.
  • Saiu às pressas.
  • Respondeu à risca.
7. Nas locuções prepositivas formadas de palavras femininas, como à beira de, à custa de, à força de, à sombra de, à moda de, etc.
Exemplos:
  • Era bonito o entardecer à beira do lago.
  • A menina gostava de se vestir à moda da mãe.
Obs.: A locução à moda de pode aparecer subentendida, caso em que a crase se faz presente.
Ex.: Os sapatos com salto alto e finos são à Luís XV. (à moda de Luís XV)

8. Nas locuções conjuntivas à medida que, à proporção que.
Exemplos:
  • À medida que caminhava pelas ruas, recordava-se da infância.
  • A experiência aumenta à proporção que os anos passam.

Casos em que a crase é facultativa

1. Antes de nomes próprios femininos.
Ex.: Refiro-me a Maria.
        Refiro-me à Maria.

2. Antes de pronomes possessivos femininos.
Ex.: A humildade está relacionada à nossa capacidade de aceitação do outro.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Meu Dicionário de Regência Verbal


Dicionário de Regência Verbal, item que eu recomendo a professores e colégios, item importante para ter na biblioteca pessoal. Comprei tanto o de Regência Verbal quanto de Regência  Nominal na livraria Saraiva e espero poder continuar investindo em livros.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Regência Verbal

A regência verbal se ocupa da relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou entre os termos que caracterizam (adjuntos adverbiais).


Para conhecer a regência de um verbo precisamos identificar sua transitividade e, quando ele exige preposição, empregá-la adequadamente.

Há verbos que exigem mais de uma regência. Isso ocorre por causa dos diferentes sentidos dos verbos.

Atenção:
  • Termos que completam sentido de verbo é objeto;
  • Sem preposição obrigatória, objeto direto;
  • Por meio da preposição obrigatória, objeto indireto.


O que acontece na regência verbal?
Acontece que alguns verbos regem (ou exigem) preposição.
Ex.: Verbo necessitar, quem necessita, necessita de algo ou de alguém.

Outros verbos não exigem preposição. Como o verbo amar. Quem ama, ama algo ou alguém.

O problema é o seguinte: alguns verbos em algumas circunstâncias não exigem preposição e vai ter um sentido, e outros vão exigir preposição e vai ter outro sentido. Mas vai ocorrer de um mesmo verbo exigir preposição em algumas circunstâncias e terá um sentido, e em outras circunstâncias esse mesmo verbo não exigirá preposição e terá outro sentido.

São esses os verbos ou os casos que iremos ver:
  • Querer - VTD, quando tem sentido de desejar.
Ex.: Eu quero chocolate com morango.
  • Querer - VTI, quando tem sentido de estimar, gostar, querer bem (Vai exigir a preposição "a").
Ex.: Eu quero a meus alunos.

  • Pagar e perdoar - Vamos analisá-los conjuntamente, porque eles seguem uma lógica semelhante.
Por exemplo: eles serão verbos transitivos indiretos, ou seja, regerão preposição e terão objeto indireto, quando o complemento for uma pessoa. Porém, quando o complemento for "coisa", ele será transitivo direto.
Ex.: Pagou o salário.
        VTD     coisa (O.D.)

        Pagou ao empregado.
         VTI             pessoa (O.I.)

Mas esse verbo também pode ser VTD e VTI ao mesmo tempo. Quando eu digo:

        Pagou    o salário         ao empregado.
       VTD e I   coisa (O.D.)    pessoa (O.I.)

O mesmo acontece com o verbo perdoar.

         Perdoou o erro.
         VTD        coisa (O.D.)

         Perdoou ao colega.
         VTI           pessoa (O.I.)
Obs.: Quando eu digo, "perdoou o erro", eu posso substituir "o erro" pelo pronome pessoal oblíquo "o". Agora quando eu digo, "perdoou ao colega", eu posso substituir "ao colega" pelo pronome oblíquo "lhe".

         Perdoou-o.
         VTD         pronome oblíquo

         Perdoou-lhe.
         VTI            pronome oblíquo

Só para lembrar, o pronome lhe só pode fazer referência a pessoas.

  • Proceder - Quando ele tiver o sentido de "realizar", "dar início", vai reger preposição "a".
Ex.: O juiz procedeu ao inquérito.
       O juiz procedeu à ação.

Proceder no sentido de ter fundamento é intransitivo.
Ex: O depoimento da testemunha procedia.

  • Assistir - No sentido de ajudar, socorrer, prestar assistência não vai reger preposição, porque vai ser transitivo direto.
Ex.: O médico não assistiu os pacientes. /ou/ O médico não os assistiu.

  • Assistir - No sentido de presenciar ou ver, rege a preposição "a", porque vai ser transitivo indireto.
Ex.: Assisti ao filme Titanic 15 vezes.

  • Assistir - No sentido de residir ou morar é intransitivo e vai exigir a preposição "em" (que indica meio ou tempo) e seu complemento será um adjunto adverbial de lugar, pois verbos intransitivos não solicitam objetos.
Ex.: Eu assisto em Aracaju.
              V.I.          Adjunto adverbial de lugar

  • Aspirar - É transitivo direto, quando tem sentido de inalar.
Ex.: Aspirou o perfume.
        VTD        O.D.

  • Aspirar - É transitivo indireto, quando tem sentido de ambicionar, almejar, ou querer.
Ex.: Félix      aspira ao cargo           de presidente.
                        VTI     objeto indireto
Obs.: O verbo "aspirar" (VTI) tem o mesmo sentido do verbo "querer" (VTD).

  • Visar - Tem três sentidos.
  1. VTD - Pôr o visto (assinar). Ex.: Esqueci-me de visar o cheque.
  2. VTD - Apontar, mirar. Ex.: Ele visou a cabeça do animal.
  3. VTI - Almejar, pretender. Ex.: Visamos ao melhor resultado.
Obs.: O verbo "visar" sendo VTI, tem o mesmo sentido do verbo "aspirar" sendo VTI que tem também o mesmo sentido do verbo "querer" sendo VTD, podendo fazer o jogo de troca de preposição.

  • Obedecer - Invariavelmente rege preposição. VTI.
Obs.: Na escrita deve-se colocar a preposição "a". Na oralidade pode-se falar como desejar, porém na escrita não.
Ex.: Obedeça aos pais.
         VTI         O.I.

  • Implicar - No sentido formal, implicar significa acarretar e não rege preposição "em" como é comum.  (VTD).
Ex.: Passar no concurso implica sacrifícios. (correto)
                                      VTD      O.D.

       Passar no concurso implica "em" sacrifícios. (errado)

  • Implicar - No sentido coloquial implicar quer dizer antipatizar ou incomodar. Daí passa a ser VTI.
Ex.: Maria implica com João.
                 VTI        O.I.
Obs.: O mais importante é saber o sentido do verbo de acordo com a linguagem formal. E na linguagem formal o verbo "implicar" não rege preposição "em", ele é VTD.

  • Preferir - É eminentemente comparativo. Ao fazer uso desse verbo, necessariamente se usa dois elementos para fazer comparação. Então eu não devo dizer "Eu prefiro mais isso do que aquilo." Porque "preferir" já pressupõe gostar mais. Ao colocar "mais do que" a pessoa estará deixando a oração redundante.
Então como  dizer?
R- Prefiro      isto          "a"                       aquilo.
       VTI        algo   preposição           Alguma coisa

O verbo preferir rege preposição "a". Ele é VTI.

  • Esquecer-se, lembrar-se, esquecer, lembrar - Quando não tem pronome, os verbos esquecer e lembrar serão VTD.
Ex.: Ana esqueceu      o celular.      /    Ela lembrou    o seu nome.
                 VTD     objeto direto                 VTD      objeto direto

Quando esses verbos forem pronominais regerão a preposição "de", daí serão VTI.

Ex.: Esqueceu-se     do celular.      /   Ela lembrou-se     do seu nome.
          VTI           objeto indireto                   VTI         objeto indireto

O verbo "lembrar" ainda pode ser transitivo direto e indireto.

Ex.: Lembrei   a data do exame a ela.
        VTDI       O.D.                 O.I.

Quando houver apenas um objeto, este terá de ser obrigatoriamente objeto indireto indireto.
  • Responder- VTI

Ex.: Responda   às questões.
          VTI       objeto indireto

Obs.: Quando houver mais de um complemento verbal, o objeto direto fará referência à coisa e o objeto indireto fará referência à pessoa.

Ex.: Respondeu o bilhete ao professor.
          VTDI        O.D.       O.I.

  • Custar - VTD quando no sentido de "valer".
Ex.: A casa custou  caro.
                   VTD   O.D.
  • Custar - VTI quando no sentido de "ser difícil" e será verbo reflexivo, porque a ação ocorre nele próprio.
Ex.: Custou - me ficar longe de você.
         VTI                O.I.


  • Chegar -
1. Intransitivo ou transitivo indireto - Quando significar movimento preposição "a" ou intransitivo.
Obs.: Se admite hoje em dia usar "em" no lugar de "a".

Ex.: Chegar à casa.
        VTI       O.I.
       Ele ainda não chegou.
                              V.I.

2. Transitivo indireto - No sentido de atingir ou chegar a... (estar no local e não deslocando até ele).

Ex.: Nossas economias não chegam ao montante necessário.
                                             VTI         O.I.

3. Transitivo direto e indireto - Quando exprime ideia de valor de venda.

Ex.: Chegou   nossa joia    a uma alta soma no leilão.
       VTDI        O.D.                 O.I.

4. Intransitivo - No sentido de começar, ter início.

Ex.: A tempestade chegou.
                               V.I.

5. Transitivo indireto - Quando significar parar ação, bastar.

Ex.: Chega de choro.
        VTI      O.I.


  • Ir -
1. Transitivo indireto - No sentido de ir de um lugar até outro.

Ex.:  Vou à casa de Maria.
        VTI     O.I.
Obs.: "Ir a" um lugar, passa ideia de não ficar muito tempo nesse lugar, já "ir para" um lugar, exprime ideia de ficar mais tempo, demorar por lá.

2. Transitivo direto preposicionado - Quando no sentido de escoar.

Ex.: A chance foi        pelo ralo.
                     VTDp    O.D.p.

3. Transitivo indireto - No sentido de comparecer ou frequentar.

Ex.: Vou   à festas.
       VTI    O.I.
       Fui     à audiência.
       VTI       O.I.


  • Voltar -
1. Transitivo indireto - No sentido de se deslocar origem e destino {voltar (de...)( a..., para...)}.

Ex.: Voltou do bar para casa.

Obs.: Intransitivo quando retorna ao ponto de partida.

Ex.: Ele já voltou.
                 VI

Obs.: Como ocorre por costume no Brasil nos verbos de movimento se aceita substituir a preposição "a" pela preposição "em".

Ex.: Voltaram em casa.
          VTI        O.I.

2. Transitivo indireto - Quando exprime ideia de mudar de direção.

Ex.: As buscas voltaram ao norte.
                          VTI        O.I.

3. Intransitivo - Quando dá ideia de repetição.

Ex.: As chuvas de monções voltaram.
                                             VI

4. Transitivo direto e indireto - Quando se refere a apontar contra, guiar para, retribuir ou replicar.

Ex.: Voltou   a viatura    na direção da via.
        VTDI        O.D.        O.I.

5. Transito direto - Mudar a direção de algo, no sentido de mostrar outra face, avesso ou volver a terra.

Ex.: Volte   o verso da folha.
        VTD     O.D.

domingo, 6 de outubro de 2013

Apresentação Pessoal da Autora do Blog

Meu nome é Keyse Muniz, sou graduada em Letras-Português desde dezembro de 2011 pela Universidade Tiradentes (UNIT) em Sergipe. No momento faço pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura na Faculdade São Luís de França.
Escolhi cursar licenciatura pela paixão que tenho pela Língua Portuguesa e por gostar de ensinar. Eu faço o possível para dar o melhor aos meus alunos, por isso resolvi criar esse blog para que principalmente eles tenham onde consultar sobre alguns assuntos comigo, mesmo quando eu não estiver disponível. Claro que toda crítica construtiva será bem recebida.
Durante minhas postagens pretendo sugerir alguns livros, tanto aos professores, que por ventura venham me seguir, como também aos alunos.
Desde já agradeço grandemente a atenção que receberei de vocês.